quarta-feira, 21 de outubro de 2009


"Um vento que desassossega"

“Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta…”!

Lá fora, fora de nós, fora das nossas verdades, fora dos nossos conceitos e preconceitos, lá fora, fora das nossas certezas e imutabilidades, lá fora, bem fora de nós, há gente diferente, feliz, ousada e nobre, grande e fantástica, porque saboreiam a liberdade que não temos tantas e tantas vezes…
Lá fora, lá fora não precisam de ser simpáticos: podem abraçar o amor sem medo!
Lá fora, não se escondem nas diplomacias: aceitam-se as diferenças de pensamento, de postura, de palavra, de sonhos e de horizontes!
Lá fora, não faz sentido o «politicamente correcto», (religiosamente, socialmente, cristãmente, correcto); são capazes de perceber e de viver a autêntica liberdade para a qual Deus nos libertou!
Lá fora, fora de nós, há beleza a aprender, caminhos a percorrer, escolhas a abraçar, decisões a ousar, testemunhos a reter.
Lá fora há ventos que vêm por bem, e que apenas intentam refrescar mentes e corações demasiadas vezes opiáceos e erróneos quanto baste mas que nos amassam e prendem sem nos deixar viver em autêntica liberdade!
Sim, há demasiada «dança», rotineiros «saltos» e efusivos «brindes» que somente conseguem o perpetuar de uma cegueira que nos definha sem disso nos apercebermos! Condutora apenas de desencanto e desalento, prostração e vazio quando decidirmos abrir os olhos e deixarmos de balançar entre o sonho e a verdade.
Lá fora, de lá de fora, de fora de nós, há verdade, há bem, há caminho, há vento, que deseja a purificação do «abafado» que nos segura e enruguece.
E quem não deseja a liberdade? Apenas os tristes!
E quem precisa de liberdade se já somos livres? (questionam os mais amordaçados de todos)!
E quem é que está preso? Eu. Nós. Os que nos definimos de livres!
Oh, quanta prisão, quanta mordaça, quantos grilhões, quantas algemas, envolvem o nosso viver!!!
Enquanto não ousar um olhar para uma Cruz, e nela pregado, o Homem mais livre de todos, serei apenas mais um peso pesado indiferente ao vento que lá fora me quer trazer a liberdade…
Fora de mim, porque de dentro de Deus…

9 comentários:

  1. “Lázaro, vem para fora”...
    Ana, vem para fora... quando ousarei?

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  2. Quantas vezes me senti com tanta gente,barulho,festa e estava sózinha,sentindo que não era essa a vida que eu queria para mim,onde só existe vazio.
    Deus me fez discernir e ver o caminho a seguir,o bem a realidade o serviço.
    Só que depois vamos criando muitas amarras que nos vão limitanto ao longo da vida,não por comodismo mas a nivel de afectos,de alguém estar sempre dependente de nós e muito mais ,mas todo o meu espirito está livre para amar a DEUS a vida, os outros,como sempre esteve.
    Sei que vou obter essa liberdade e que vou caminhar ao vento livre e sempre com DEUS .

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  3. Que vento?Que liberdade?É este que todos os dias no desafia?

    Sai cá para "fora" dentro de ti!Entra em ruptura!

    Ricardo A.

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  4. É urgente que não entremos em esquemas de facilitismo. Cada vez mais, temos que ter a coragem de assumirmos o nosso baptismo. Basta de cobardias e de "fazer de conta".

    Temos que ser ousados, corajosos. O mundo tem que perceber que ser cristão pressupõe outra lógica que não é a lógica do mundo. Não se pode servir a dois Senhores. Temos que decidir se queremos ou não e até que ponto estamos dispostos a "fazer ruturas".

    Senhor em Ti confio!

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  5. Que bom seria põr tudo para fora e dar Amor compreensão a todos e sentir o Amor de CRISTo
    Pe.antónio que palavras certas nos transmite .
    Para que servem as amarras? para nada e para ninguém.
    Porque não sentimos nós que estamos presos e estamos a prender alguém,onde se podia estar lado a lado a caminhar para DEUS em liberdade e respeito mutuo.
    DEUS deixou-nos tudo feito e facilitado e nós complicamos tudo.Porquê?
    Obrigado Pe. António por ser como é que DEUS o
    acompanhe sempre,sempre

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  6. Pe. Antonio pode acreditar que as suas palavreas não são vâs,desde hà muito tempo que me tocou todo o Seu Amor em Cristo e me fez ver tudo de outro modo e ver que não é só entrar na igreja falar com DEUS nos maus momentos, mas sim ter Cristo em nossa vida diária e muito mais.
    Neste momento tenho a vida contada ao segundo,tenho dar assistência a alguém que muito precisa ,mesmo assim eu vou tentar depressa sentir todo esse Amor e entrega a Cristo,
    Obrigado Pe. António por toda essa Luz que emana e esse Amor que tanto nos faz chegar á realidade.

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  7. "A Saudade é a forma que o coração encontrou para dizer que não se esqueceu..."

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  8. As Suas palavras Pe, António, não foram vãs,levaram meu coração a Deus, num Amor muito mais profundo, ao ler para trás as meditações, penso, porque demorei tanto a encontrar o caminho?
    As palavras ditas com alma,o Espírito Santo soprando ao ouvido ,tantos sinais para a verdade,lutas interiores para quê? se não há outro caminho como este, o Amor de Cristo.

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  9. Lá fora o vento sopra, as janelas batem...e o vento tudo leva...mas não leva o angústia do meu coração...é como uma ferida ...uma sensação de perda ,que dói...é perto 5 m...não é a mesma coisa...tudo mudou em mim,será que consigo manter-me forte?

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