quarta-feira, 14 de outubro de 2009


"Opções de verdadeira liberdade"

Aos fariseus agradavam-lhe mais os lugares de honra e de destaque que a dimensão do serviço! Preferiam a vaidade e a ostentação orgulhosa à modéstia e à discrição! Tornavam-se sepulcros irreconhecíveis e disfarçados diante dos homens mas mortos para Deus porque Senhor da verdade e da justiça!
Por isso hoje se escuta no Evangelho repetidamente «Ai de vós…»! Sentença dirigida aos guias do povo que se haviam transformado em ditadores que controlavam não apenas a lei de Deus como a vida e a consciência dos simples e dos pequeninos!
Os escribas e fariseus, sacerdotes e doutores da lei condenados por Jesus julgam-se sábios e justos; porém, porque rejeitam Cristo e a Sua Palavra eles tornam-se insensatos e cegos, obstinados em fazer prevalecer a sua mesquinhez e a forma desvirtuada de ver a Deus e a Sua vontade.
Abraçam a primazia da aparência, da exterioridade, da sobrevalorização pessoal, da hipocrisia, em detrimento da fonte profunda da relação com Deus: a verdade, a humildade, o serviço e a transparência!
Ontem, como hoje, Cristo aponta os desvios da nossa religiosidade facilitista, legalista, estereotipada onde se descuida o mais importante: a lealdade diante de Deus e dos homens nossos irmãos!
Quando os cristãos de hoje se escondem e refugiam nas leis, nos moralismos, em escravo de normas, leis, cânones e rubricas, acabam por viver fechados em si mesmos, obsessionados pelas suas verdades e intransigências, passivos e conformistas, atacando tudo quanto possa ter o «perfume» da novidade e da liberdade com que Deus presenteia cada tempo!
Ditadores de consciências – as suas e as dos outros – conseguem apenas protelar uma cegueira e uma insensatez que não liberta, não redime, não salva nem dá vida verdadeira…
O apelo é bem claro: «vem para fora»!
Como Lázaro, também hoje muitos «directores de consciência», muitos observantes das regras e fazedores de «verdades» apenas conseguem o aniquilamento da liberdade própria dos filhos de Deus!
“Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou” afirmará o Apóstolo categoricamente!
A cada um de nós compete reflectir, meditar, sobre quem seguimos: os homens ou a Deus. O acessório ou o fundamental. O epidérmico ou o profundo. A mediocridade ou o essencial…
Diante de nós apenas duas possíveis «sentenças» do Mestre: «Ai de vós…»; «Bem aventurados». Qual preferimos? A qual nos entregamos de alma e coração?

5 comentários:

  1. Deus chama cada um a segui-l'O de formas diferentes... e muitas são as estradas que nos levam até Ele. A cada um, de descobrir a sua...
    O caminho que percorro não é melhor nem mais verdadeiro, só porque é o meu... porque, se quero que o «outro» faça o meu caminho, se tento impor-lho, então não sigo a vontade de Deus, mas apenas a minha!

    Mais um exame de consciência... do coraçao... Obrigada, Pe. António...

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  2. «Vem para fora» «Opções de verdadeira liberdade».
    Tinha tanto para dizer e abrir meu coração acerca desta meditação,tirar esta angústia.
    Eu tenho DEUS comigo e sei que o caminho que ELE me aponta é o verdadeiro a verdade e ao põr-me o Pe,António no caminho para me alertar,desinstalar e não me acomodar e sim desejar ser de CRISTO de verdade.
    SR PRIOR as Suas Palavras o SEU DOM é projectado para nós com intensidade e acredite que dá muitos frutos,muitos mesmo.
    Obrigado Pe. António ,que a LUZ DIVINA sempre o acompanhe,Todos os dias tem a minha humilde oração
    Bem Haja

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  3. É de um Amor muito grande a CRISTO e a todos nós esta dedicação,empenho em diversas áreas todas elas em prol de todos os paroquianos ,jovens menos jovens,as meditações tudo é entrega que emociona e nos faz querer colaborar sempre mais e desejar sempre nos aproximar mais de DEUS.
    Que emoção ver ,sentir, sem protagonismos,sem falar para agradar mas com muito Amor e FÈ o Pe António a conduzir-nos para DEUS.

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  4. A escolha está feita desde sempre,toda a vida fui de DEUS,
    Ía muitas vezea á igreja e também assistir á Santa Missa sempre com muita Fé e Amor,mas presentemente existe em mim uma outra necessidade de ser mais de DEUS na Sua plenitude e na entrega de coração aberto ,não tem explicação o meu sentir, a Paz ,a inquietação ao mesmo tempo como se me faltasse fazer sempre algo.
    Quando DEUS toca tudo é diferente.

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  5. Já comecei a escrever imensas vezes e apaguei,porque penso que não tenho esse direito,ao ler todas as actividades ,compromissos com todos os paroquianos,muito trabalho que só uma pessoa como o Pe. António consegue dar,com todo esse empenho de um verdadeiro Amor a CRISTO e a todos.
    Como eu gostava de fazer o Crisma e participar um pouco mais,mas DEUS está a adiar um pouco mais toda a minha vida eu simplesmente faço a Sua vontade e tenho Fé que me vai ajudar a ultapassar tudo em bem.
    Bem Haja por toda a Sua dedicação a todos nós.

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