terça-feira, 21 de julho de 2009


"Sinais" (II)

Mas há «sinais»!
Importaria uma maior atenção da nossa parte!
Talvez até bastasse apenas uma interiorização das muitas coisas boas e menos boas com que Deus nos presenteia...
No caminho, mais ou menos longo, mais ou menos sereno, com mais ou menos dificuldades, os «sinais» são uma realidade permanente diante de nós!
Ousássemos a redescoberta, a força da novidade, a beleza do espanto, a alegria da surpresa, a bênção da criatividade, que bem mais suave seria este nosso peregrinar...
Ainda que muitas vezes sejamos como Tomé, que pede, exige mesmo, ver os «sinais dos cravos» e «meter a mão no seu Lado»; ainda que tantas tantas e tantas vezes o mundo contemporâneo nos relembre e «grite» essas mesmas palavras, não podemos senão responder como Jesus: «vê», «toca», «crê»...
O Seu Lado, os «sinais dos cravos», não são mais que o Seu Amor vivido, celebrado, sentido e partilhado e oferecido a todos os homens!
Se o mundo não vir em nós (vida concreta: palavras, desejos, sentimentos, prioridades, opções), «não acreditará»!
Urge redescobrir a presença de Jesus nas nossas próprias vidas!
Urge acreditar na força do Espírito de Deus em cada um de nós!
Urge predispormo-nos à acção eficaz da Palavra de Deus nas nossas próprias vidas!
Urge uma renovada sensibilidade às coisas de Deus, da Sua Igreja, da fé que afirmamos possuir...
Porque há sinais! Muitos! Às vezes tão evidentes mesmo!
Que já não vemos nem deixamos ver!
Que já não entendemos nem deixamos entender!
Que já não acreditamos nem ajudamos a acreditar!
Que já não sentimos nem permitimos outros sintam!
Tal a nossa cegueira! Tal a nossa rotina! Tal o nosso «sono»!
Tal o nosso olhar demasiadamente focado sobre nós mesmos...
Mas há «sinais»... queiramos ou não!

4 comentários:

  1. Hoje, mais que sinais, temos a presença de Jesus na Eucaristia, nos irmãos; temos o Reino de Deus na terra. Como diz o Pe. António a nossa cegueira impede-nos de o reconhecer no Amor - quando o classificamos de exagero... no próximo que sai do seu caminho para me dar a mão - e classificamos de atrevimento.. e por aí fora. Temos o Reino de Deus na alegria de um Sacerdote que se entrega ao projecto de Deus e nele se realiza, apesar da cegueira das suas "ovelhas", com confiança, paciência, temperança, autoridade, justiça e alegria - tornando-se assim Sinal dessa Presença entre nós. Obrigada Senhor por todos os Sacerdotes e mts beijinhos para o nosso :)

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  2. Pois… sou tantas vezes esse «sinal menos»!

    Porque... certamente, não abro o meu coração à beleza, à acção de Deus… ao Amor!
    Porque… "Ele continuará a esconder-Se atrás dos frutos e nós continuaremos a procurá-l'O entre as árvores… Ele é o silêncio, mas é também a Palavra; é a noite, mas também a Luz. Mesmo com um vazio de sons na concha do ouvido, há sinais, vozes, murmúrios cifrados, que outros, porque mais próximo da Fonte, nos enviaram de longe. Exigem-nos lucidez para os ler e coragem para os cumprir." (de um livro que leio de vez em quando… que talvez deva ler mais vezes…)

    Pe. António: estas reflexões ajudam-me a querer ver, entender; a querer acreditar, sentir.
    E quis Deus que o Pe. António fosse Seu «sinal», agora aqui no Estoril… e a Deus dou graças…

    Aninhas

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  3. Na nossa vida DEUS dá-nos muitos sinais do SEU AMOR,por vezes não estamos assim tão atentos ,outas é por demais evidente.
    Na minha já tive duas situaçoes, que me foi posto no caminho a MÂO DE DEUS com tanta evidência,que de outro modo nÂo seria possivel.
    LOUVAREI sempre a DEUS tudo o que me tem concedido.

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  4. É curioso, porque esta semana, senti-me tentada a pedir a Jesus, um "sinal". Normalmente, não o faço, mas impelida por uma amiga, pedi esse "sinal" claro, para que eu percebesse que atitudes tomar, que rumos seguir, que caminhos percorrer... que tonta! Os sinais têm estado sempre ao meu redor, os meus olhos é que não se têm aberto. Em cada dia, Deus tem-me enviado um diferente Ministro, cada um deles com uma mensagem tão clara, uma resposta tão evidente ao meu pedido de "sinais"! E todas a fazerem tanto sentido!
    Obrigada por me ter ajudado a reflectir nisso. Eu já estava a achar que Jesus não queria saber de mim...

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