quarta-feira, 1 de julho de 2009


“Férias… em comunhão”

Avizinha-se um tempo de férias! Parece-me mentira, quase!
Depois de um ano pastoral verdadeiramente atípico, diante de tantas e diversificadas vivências, experiências, emoções, angústias, desassombros, sonhos, alegrias, eis que me deixo envolver por esse período de descanso…
Geograficamente estarei, alguns dias fora da Paróquia; emocionalmente, de alma e coração, conhecem-me, não me apartarei desta realidade que é a nossa Paróquia…
Afinal, há um ano pastoral a programar, há projectos a desenvolver, continuando esforços , dedicação, entrega, beleza, sonhos, partilhados por tantos e tantos de nós…
Como repito com alguma frequência, «no Reino de Deus não há geografia», isto é, em todo o tempo e lugar, somos chamados a viver essa comunhão com Aquele que nos «toca» cada dia, cada momento, cada segundo, da nossa existência…
Não sei por onde andarei por esses dias; sei apenas que, por outras paragens, intentarei «refrescar» o espírito a fim de recomeçar uma nova etapa de serviço a esta porção do Povo de Deus que peregrina nesta terra do Estoril. Sei apenas que levo comigo propósitos de preparação pormenorizada do ano pastoral próximo que desejamos todos, seja verdadeiramente fecundo e marcado por esse «traço» sacerdotal que o Papa nos desafia a viver com intensidade…
Será um período de acção de graças: quantas razões, como pessoa, como comunidade, como Igreja, para o fazer; (sim, como não agradecer a inauguração e bênção da nova igreja da «Senhora da Boa-Nova», com tudo o que essa realidade significa? Como não louvar a Deus pela Residência de Seniores já em funcionamento e, por isso mesmo, novo serviço prestado à Comunidade? Como não bendizer Jesus Cristo pela Festa da Primeira Comunhão das 170 Crianças e a Festa do Crisma – já no próximo sábado – de cerca de 90 jovens e adultos? Como não agradecer a dedicação e empenho de tantos paroquianos que se entregaram de alma e coração ao serviço da Comunidade nos mais diversificados serviços, tantas e tantas vezes vistos e apreciados apenas por Deus? Como não bendizer o nosso Deus pelo dom inestimável de tanto amor e dedicação, generosidade e sentido de pertença à Igreja manifestado por incontáveis corações?...
Mas será também um tempo de entrega e consagração de tudo quanto iremos viver; será, certamente, uma oportunidade para retemperar energias para, sempre mais e melhor, anunciar a beleza e a radicalidade, a profundidade e a libertação próprias do Evangelho de Jesus Cristo, afinal a minha primeira e fundamental missão no meio de vós! Em comunhão com o nosso Bispo, intentarei essa unidade com a Igreja Diocesana e Universal, para que, e como afirmou o Senhor Patriarca há poucos dias, “Acresce que uma Diocese é uma «porção» da totalidade da Igreja, o que exige que a dimensão particular de uma Igreja encarnada no espaço e no tempo, não pode nunca fechar-se aos desafios da missão e da comunhão universais. Os «cismas» podem também exprimir-se em visões particulares que se fechem à comunhão universal”!
Essa estrada jamais a quererei percorrer! Apenas me faz sentido ser Igreja vivendo em comunhão, em verdade, em unidade, em «cumplicidade» com o sentir de toda a Igreja! «Capelas» ou «capelinhas», são apenas distracções do essencial, do tesouro valioso do Evangelho e da beleza que é e pode ser sempre mais a Igreja de Cristo!
Juntos, desde já, façamos essa oração comum pela unidade e comunhão da Igreja que somos. Deixemo-nos atrair e seduzir apenas por Cristo, Aquele que é o “Caminho, a Verdade e a Vida”. O resto, o que sobra disso, será sempre banalidade, acessório, entretenimento, ilusão…

5 comentários:

  1. pde António boas férias que tão merecidas são. DEUS o ilumine sempre nesta dedicação a todos nós,a DEUS e ao mundo, porque o vosso amor a CRISTO é tanto que não se confina a quatro paredes ele chega até nós com intensidade,que nos dá uma alegria imensa e uma vontade de ser melhor,de divulgar a pavra de DEUS e não parar bem haja.

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  2. «no Reino de Deus não há geografia», isto é, em todo o tempo e lugar, somos chamados a viver essa comunhão com Aquele que nos «toca» cada dia, cada momento, cada segundo, da nossa existência…
    Deixemo-nos atrair e seduzir apenas por Cristo, Aquele que é o “Caminho, a Verdade e a Vida”. O resto, o que sobra disso, será sempre banalidade, acessório, entretenimento, ilusão…


    ... lembra-me Santa Teresa d'Ávila: "quem a Deus tem, nada lhe falta..."
    E as férias fazem sentido se forem vividas assim…

    Pe. António, «vejo» já, neste seu terceiro «sentir», (alguma) paz no seu coração e isso é o mais importante!
    Desejo-lhe umas óptimas férias; que esta «paragem», tão necessária, tão merecida, lhe retempere o corpo e o espírito.
    Cá o aguardamos – ainda não partiu e já penso na falta que fará… ;)

    Um beijo amigo

    Aninhas

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  3. Tal como diz, "no Reino de Deus não há geografia". E este seu amigo que o acompanha desde Arroios sabe bem que mesmo de férias o seu coração arde, ferve, sente aquele Amor que custa mas que tão bem nos consola...

    A cada dia que passa, digo-o de coração aberto, dou Graças a Deus por se ter sido - e ser! - um, ou o, grande exemplo na minha vida.

    Disfrute essas férias...

    Um abraço apertado deste inútil,
    Nuno Cerqueira

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  4. O Pe. António realiza tudo de coração e eficazmente! São umas férias merecidas sem duvida, que sejam um renovar de forças para o ano que aí vem!

    Ricardo A.

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  5. É por estas e outras que quando olho para ti, percebo o quanto te amo. Porque tu para além de amigo, confidente, compadre, director espiritual, sacerdote. Consegues meter-te comigo e mostrar-me Cristo.

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    um forte abraço
    Hugo Paiva

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