terça-feira, 28 de julho de 2009


"
Caminhos a percorrer"

O Evangelho, para permanecer vivo e actual como pensado pelo Mestre, nunca poderá ser um repositório de tradições ou rituais, mas antes, e ao contrário, ruptura e provocação permanentes a fim de alcançar verdadeira adesão dos corações.
Dizer Evangelho implica a nossa consciência cristã de vontade assumida a um projecto capaz de dar verdadeiro sentido à nossa vida. Implicação que nos transformará mais em discípulos procuradores de verdade e de justiça que de cumpridores de normas, preceitos ou piedades que não comprometem o que temos e que somos.
Na «hora» presente da história do mundo e da Igreja, importa entender e acreditar que apenas o testemunho vence e convence; que apenas a vida coerente com a fé professada arrasta e é capaz de moldar novas consciências para um ritmo de permanente e autêntica conversão.
O caminho a percorrer pela Igreja deste tempo terá, por isso mesmo, de ser o da coragem e da autenticidade da adesão ao Evangelho. Sabendo que ele é inquietador e provocador, que escandaliza e desassossega, que abana e desinstala.
A grande «homilia» da Igreja sempre foi a do testemunho.
Os santos, os mártires, de cada tempo, «falaram» eloquentemente dessa adesão e paixão por esse Evangelho de Cristo.
Outro não poderá ser o nosso caminho!
Sem medos nem vergonhas, sem falsas e desnecessárias diplomacias, sem pieguismos nem liturgias redutoras do essencial, importa que nos deixemos, todos, deslumbrar de novo pela novidade constante que é o Evangelho, a Palavra viva entregue e confiada à Igreja.
“Ouvistes que foi dito aos antigos… Eu, porém, digo-vos…”!
Jesus faz novas todas as coisas.
Pode fazer-nos homens novos, cristãos novos, Igreja nova, coração novo.
Que se entregam, desmesuradamente, a essa causa: Evangelho.
Não há outro caminho a percorrer se o que queremos mesmo é o sermos discípulos de Jesus Cristo! Os outros caminhos, quando muito, tornam-nos discípulos de nós mesmos, das nossas verdades pessoais, das nossas ideias fixas, dos nossos projectos individualistas!
Onde Deus não tem lugar…

4 comentários:

  1. PADRE ANTÒNIO como é bom ler, meditar nas suas palavras dá-nos esperança alento vontade de lutar pela verdade que se sente pelo Evangelho pelo Amor aos outros pela partilha e muito mais ,mas eu luto e muito, se o não fizesse a vida até era fácil e acomodada.
    DEUS tem lugar em mim contra tudo e todos.

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  2. Leio... releio... e detenho-me nesta frase.

    "Dizer Evangelho implica a nossa consciência cristã de vontade assumida a um projecto capaz de dar verdadeiro sentido à nossa vida."

    E interrogo-me sobre o sentido da minha vida...
    Qual o meu testemunho?

    Aninhas

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  3. A Biblia foi-me oferecida HÀ muitos anos por uma colega que me disse que sabia que era o melhor presente que me podia dar e tinha razão tenho-A lido intensamente é maravilhoso o Evangelho se todos nós tomàssemoe consciência de tudo e a praticassemos que bem estava toda humanidade.

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  4. Só Deus pode... Só Deus basta...A nossa missão sempre foi e será dar testemunho, falar com a vida e nao com palavras... e que Deus nos leve sempre onde mais necessitarem de nós e que sejamos capazes de aí "falar" de Deus aos homens e falar a Deus dos homens.

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